Seção especial: Eleições 2022 – Biografia de Giovani Damico

Biografia de Giovani Damico

Em 17 de setembro de 1992, na zona rural da cidade de Santa Cruz das Palmeiras, interior de São Paulo, nascia Giovani Damico. Filho de mãe baiana, natural de Nazaré, mudou-se ainda menino para Salvador, onde foi criado e residiu a maior parte de sua vida. Com uma adolescência movida por paixões, como a música punk e os diversos elementos da contracultura, acabou desenvolvendo cedo um profundo, porém difuso, sentimento revolucionário, ainda que só fosse encontrar sua fundamentação anos depois em seu contato com uma biografia de Lênin.

Damico, no auge dos seus 29 anos, tem uma filha soteropolitana de sete anos  que desde cedo acostumou-se com a ideia do comunismo presente dentro de casa e em seu cotidiano. Para ela, este se resume facilmente em: “Comunista quer que todo mundo tenha casa, comida e viva mais feliz”. O contato orgânico com o dia a dia atarefado de seu pai a fez conhecer intuitivamente os objetivos políticos almejados pela militância revolucionária, sintetizados com facilidade por um olhar atento, ainda que tão jovem.

Em 2013, Damico ingressou na UFBA, iniciando a graduação em Geografia. Formou-se em 2017, como bacharel e licenciado. Seu ingresso na universidade coincidiu com duas mudanças de grande importância em sua vida: por um lado, se aproximava de maneira cada vez mais resoluta da luta política, em especial após seu contato com Lênin e os estudos dedicados sobre a URSS; por outro lado, logo se tornaria pai. Com essas transformações, se fechou o ciclo das bandas de rock e noites tocando guitarra e violão, e se abriu a janela dos estudos orientados para a Geografia, e sobretudo, para o entendimento da realidade social no contato com o marxismo. A aproximação com o marxismo se deu, assim, através do comunismo, e não o contrário.

Com a efervescência política de 2013, a militância difusa de Giovani começa a tomar contornos cada vez mais organizados: no Movimento Estudantil, na ala radicalizada da UFBA, apoiando e construindo as candidaturas da oposição de esquerda à Reitoria; e na sua aproximação com a organização política revolucionária, que culminaria em um longo e dedicado estudo das organizações ativas no Brasil e resultaria em seu ingresso na União da Juventude Comunista (UJC) em 2015. Com sua chegada na UJC, poucos meses depois ingressaria no PCB, passando a compor as fileiras da então “Célula de Trabalhadores da Educação”. Com seu ingresso no Partido, estava selada uma dedicação que moldaria sua vida dali em diante.

Transcorridos pouco mais de sete anos desde seu ingresso nas fileiras organizadas do PCB, Giovani também seguiu organizando sua vida profissional, tendo realizado Mestrado em Ciências Sociais pela UFBA, e sendo aprovado no concurso da rede estadual como professor de Geografia. Num período onde o mercado de trabalho marca a ferro e fogo a vida dos jovens brasileiros e baianos, ele conseguiu avançar em sua independência profissional, adentrando agora num novo rol de enfrentamentos, contra todos os ataques desferidos pelo governo baiano aos servidores e à educação pública.

Dessa experiência política, tem início sua organização na corrente sindical do PCB, a Unidade Classista, integrando a então desorganizada oposição sindical da APLB (Associação dos Professores Licenciados do Brasil) – luta fundamental dos trabalhadores baianos em torno do sindicato que congrega o maior número de trabalhadores em nosso estado, hoje burocratizado e acorrentado pelos setores da social-democracia, vendida ao capital.

No avançar de sua inserção política, Damico passa a assumir cada vez mais responsabilidades nas fileiras do PCB: ingressa na direção do Partido em 2018, constrói o XVI congresso do PCB em 2020 e é eleito à direção nacional do Partido na ocasião, como um quadro jovem, mas que em poucos anos assumiu firmemente o compromisso com a luta política e com o Partido Comunista Brasileiro. No mesmo ano foi destacado para assumir a tarefa da candidatura a Vereador de Salvador, que desempenhou com enorme dedicação através da campanha “Prof. Gio: para Salvador Mudar, Juventude quer Poder Popular”.

Essa campanha marcou o retorno do PCB ao pleito eleitoral, após diversos anos de inatividade na Bahia; mas a principal marca da campanha foi a ampla vinculação da plataforma eleitoral com a política de base, aproximando o PCB de setores cada vez maiores da juventude, além de reforçar o enraizamento do Partido em diversos segmentos do proletariado baiano. Não à toa, a campanha, ainda que centrada em Salvador, conseguiu alcançar importantes cidades do interior baiano, pautando uma nova forma de fazer política que nega os anos de apatia e capitulação perante o capital.

Para Giovani, assim como para o PCB, a história segue bastante viva, e é na luta política organizada que ela encontra sua expressão. Nestes trilhos, hoje Damico assume uma nova tarefa: a de ser pré-candidato pelo PCB a governador da Bahia.

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